21, Agosto 2020
À descoberta da Rota do Megalitismo
As regiões do Ribatejo e do Alentejo são ricas em menires, cromeleques e dolmens, fenómenos arquitetónicos pré-históricos que, pelas suas estruturas e formas, atraem muitos visitantes.
As regiões do Ribatejo e do Alentejo são ricas em menires, cromeleques e dolmens, fenómenos arquitetónicos pré-históricos que, pelas suas estruturas e formas, atraem muitos visitantes.
Foi precisamente para que curiosos e viajantes pudessem conhecer este património milenar que foi criada a Rota do Megalitismo. Para melhor tirar partido dos diversos locais estabeleceram-se programas de três e sete dias com sugestões de atividades culturais ligadas à natureza, assim como propostas gastronómicas e de hospedagem.
Pelos Trilhos da Herança Rural e Megalítica é uma das opções criadas para sete dias. A exploração começa em Moura, no Museu Interativo do Megalitismo. Daqui segue-se até Estremoz, visita-se o castelo, percorre-se o roteiro da Batalha de Montes Claros. Uns quilómetros abaixo, em Vila Viçosa, encontram-se o menir da Pedra Alçada e a anta de Santa Luzia. As sugestões seguintes são já em Redondo, onde se pode realizar o percurso das antas, na aldeia do Freixo. Em Montemor-o-Novo, promove-se a visita à Herdade dos Tourais, aos dolmens Grande e Pequeno da Comenda da Igreja e um percurso de BTT pela rota do Montado. Já na última paragem, é possível observar a anta da vila de Arraiolos e aproveitar o dia para descobrir a região.
Também com duração de uma semana está pensada a Viagem ao Neolítico e Calcolítico. Este percurso começa em Nisa e a primeira paragem é no menir do Patalou. Em Gavião, não pode perder o Observatório de Avifauna do Outeiro para observar a vista panorâmica sobre o Tejo. Não deixe de visitar o menir da Carrilha, em Fronteira, mas aproveite a oportunidade para um passeio de BTT à vila romana de Torre de Palma. A anta da Horta do Mourato fica na paragem seguinte, em Campo Maior, de onde se segue para Arronches. Aqui, vai encontrar as pinturas rupestres de Vale de Junco. O destino final é Castelo de Vide, onde pode explorar a necrópole dos Coureleiros e o Centro de Interpretação do Megalitismo.
Se optar por um percurso mais curto, a rota que o levará Pelos Vestígios Megalíticos da Serra e do Planalto está planeada para três dias. Esta viagem começa por lhe dar a conhecer os blocos pedunculados de Arez-Alpalhão, fá-lo seguir até Castelo de Vide, onde fica a anta da Tapada dos Matos, cujo corredor para a câmara fúnebre ainda se encontra bem definido. Em Nisa, não pode deixar de visitar o menir de Meada, um dos mais impressionantes da região, nem a anta das Tapadas de Pero D’Alva. Conheça ainda a arte de trabalhar a rocha, a cantaria, e explore percursos pedestres ou de bicicleta.
Vá, pois, à descoberta deste património milenar e deixe que a natureza o marque, mas, não se esqueça: não marque a natureza.