A McDonalds transformou fardas dos colaboradores em sacos solidários

Há um novo projeto 100% português, solidário tanto com as pessoas como com o planeta. E se lhe contássemos que uma cadeia de restaurantes que conhece bem está a reciclar as suas fardas antigas e a transformá-las em algo útil para ajudar famílias com crianças internadas?

Curioso? Saiba tudo aqui.

As fardas antigas da McDonald’s estão a ganhar nova vida através da reciclagem. A cadeia de restaurantes aproveitou o mote da Semana Europeia para a Prevenção de Resíduos e encontrou a forma mais sustentável de descartar mais de 18 mil uniformes dos seus trabalhadores.

A McDonalds acredita “na inovação como alavanca para a mudança responsável”, como explica a diretora-geral em Portugal, Ana Claúdia Ruiz: “Este projeto de reciclagem representa mais uma forma de concretizarmos o compromisso com o ambiente e a sustentabilidade, encontrando cada vez mais soluções circulares, que respondam às preocupações das gerações de hoje e do futuro.”

Da reciclagem destas roupas estão a nascer sacos reutilizáveis que vão servir para envolver os kits de acolhimento de higiene e conforto que a Fundação Infantil Ronald McDonald doa às famílias que acompanham as suas crianças internadas em alguns hospitais do país.

A Ronald McDonald House Charities, nome internacional desta fundação, funciona em 62 países e tem como missão oferecer uma casa onde os familiares das crianças internadas podem descansar, tomar banho, preparar refeições e receber apoio de amigos e da equipa de voluntários.

Os kits de acompanhamento são compostos por, entre outros produtos, escova e pasta de dentes, champô e gel de banho, uma manta e meias. Os sacos que resultam da transformação das fardas são agora utilizados para entregar estes cabazes.

Reciclar fardas usadas

A reciclagem de roupa usada é não só possível como, neste caso, se trata de um processo 100% português. Tudo começou com a recolha destes resíduos e a sua entrega à Recutex – Recuperados Têxteis, uma empresa que se dedica à recuperação têxtil.

É aqui que todo o processo se desenvolve. O primeiro passo é, como acontece com as embalagens, uma triagem manual para separação de materiais. A este processo segue-se a fiação de um novo tecido, sem qualquer tingimento. Os passos seguintes prendem-se com a adaptação do novo tecido ao molde do saco e com a produção. Por fim, há ainda uma estampagem com a imagem da Fundação McDonald.

“Vemos nos resíduos têxteis a oportunidade de criar novas matérias-primas, com múltiplas aplicações”, descreve o administrador da Recutex, João Valério.

As 18 mil antigas fardas da McDonalds são convertidas em 5.500 sacos que serão distribuídos às famílias apoiadas pela instituição e que têm crianças internadas em sete hospitais: D. Estefânia, Santa Marta e Santa Maria, em Lisboa; Professor Doutor Fernando Fonseca, na Amadora; São João e IPO, no Porto; e Pediátrico de Coimbra.

“Este projeto de transformação de fardas é um caso de sucesso. Acreditamos que só assim, com este esforço conjunto 100% português, obtemos a possibilidade de reduzir a nossa pegada ecológica no mundo”, acrescenta ainda o administrador.